sábado, 8 de outubro de 2011

Percepções...

Desde de fevereiro faço especialização em Comunicação Popular e Comunitária, e estes estudos e a rotina de viagens tem me feito despertar para algumas percepções, umas trágicas, outras cômicas...
Morando em Apucarana, todo o fim de semana, viajo a Londrina, na maioria das vezes by metropolitano, este eixo abrange 5 cidades, passo por Arapongas até Rolândia,Em Rolândia faço conexão, passamos por Cambé em enfim Londrina. e sentido contrário na volta...
Já faz algum tempo que tenho observado uma grande diferença entre o ônibus que chega e ou sai de Londrina , do que chega ou sai de Apucarana.
O carro que sai de Apucarana é mais velho, faz mais barulho e é   mais lotado...Quando a conexão acontece parece que troco de companhia. O carro é novo, não faz tanto barulho, as vezes á diminuição no número de pessoas, o conforto é maior.
Este fim de semana, um novo susto, o uniforme dos trabalhadores do ôinibus também é diferente. Estranho,né?
Minha percepção, ou melhor minha intriga é por que para chegar ou sair da cidade grande o carro é mais bonito, o uniforme é diferente?
Tenho um amigo que continua a viagem até Maringá, pega 4conduções(ó ceus) o guri, e partilhando esses "detalhes" com ele,  me disse que acontece o mesmo até a conexão, Madaguari... ônibus velho pra sair de Apucarana e ônibus novo para chegar em Maringá...
Quais as reais intenções dessa viação? Dar prioridade a quem e por que?
Fico também pensando no que o trabalhador pensa em ter o uniforme inferior ou superior ao dos outros.
Estas relações de poder,as diferenças nos tratamentos, sabe que essa história até  me lembra quando os negros nos Estados Unidos eram obrigados a sentar no fundo dos ônibus.
Pois ao meu pensar, haver diferença entre ônibus de uma mesma cia por causa da cidade ser maior ou menor é um tipo de distinção, de seleção , de preconceito.
E até quando vamos seguir achando normal a extinção dos cobradores de ônibus? 
Pois é proibido falar ao celular dirigindo, mas o motorista pode dirigir, receber e ainda tentar perceber se os passageiros já desceram do ônibus, e assumir a responsabilidade caso algum acidente aconteça.
Seguimos esperando 40 minutos no ponto, um trajeto que a poucos anos atras o ônibus passava a cada 15 minutos...
As relações de trabalho no mundo do transporte (e nos outros também) tem se tornado cada dia mais exploratória, e nós podemos até reclamar, mas não descruzamos o braços pra agir...

Deixo aqui registrada minha revolta sobre as diferenças entre os onibus da viação Garcia.

E o desleixo dos horários e qualidade do serviço da nova cia de bus de Apucarana. (falta de cobradores, horários escassos e bus velhos, já que os novos que aqui estavam se mudaram pra Manrigá.)

Indignada,

Priscila.